Receba a Fox Letter em seu e-mail!

* indicates required

Intuit Mailchimp

Jornada literária • Sua vida me pertence (capítulo 14) | Blond Fox

✨ Sua Vida me Pertence ✨
Capítulo 14 - Sua vida me pertence 



A história de amor entre José e Maria foi intensa e bela, que atravessou o tempo e encantou a todos. Essa narrativa foi poderosa e persistente, demonstrando o poder e a força do amor de almas que estavam verdadeiramente conectadas por um sentimento genuíno. Um amor que veio do passado e atravessou as encarnações e permaneceu intacto, apesar dos obstáculos da vida moderna. No entanto, as diferenças de seus personagens manifestaram-se de forma divergente nessa última conexão das almas e levaram ao rompimento das juras de amor eterno e transformaram palavras doces em amargura. A luz criou um limbo em meio ao sussurro doloroso do escuro. Os  traços contorcidos do destino sombrio de José e Maria deixaram marcas indeléveis em suas almas, que expressavam expressaram  a dor e as dificuldades enfrentadas. A mão que empunhou a pena de morte era a mesma que não teve gratidão.
Maria ainda carregava uma dor intensa no peito e tinha deixado de lado seus afazeres devido à falta de ânimo. É compreensível considerar que apenas se passaram alguns meses desde o ocorrido. Martín e Bernardo sentiam falta de sua mãe, pois o pior tipo de abandono é aquele cometido por alguém que parece presente, mas na verdade está ausente de espírito.
Maria lentamente voltou à rotina, especialmente pelos filhos, e assumiu o controle da administração da casa mais uma vez. No entanto, havia pessoas que não estavam muito contentes com sua rápida recuperação.
No frio de um dia de inverno, a casa estava em silêncio. Não se ouvia as risadas e brincadeiras de crianças, e tampouco os gritos do marido ou seus gestos rudes de irritação. Da mesma forma, estavam ausentes os excessos de atenção desnecessária de Odete. Havia uma atmosfera particularmente agradável, com flocos de neve suavemente desciam e cobriam todo o terreno como um tapete macio sobre a relva do jardim. Era um momento de harmonia, que representava aquele lindo dia calmo e reconfortante.
José levou os meninos para a casa de um amigo para passar o dia, já que eles iam se reunir para trocar ideias e jogar conversa fora. No final do dia, planejavam uma noite de carteado. A curiosa Odete simulou que tinha algo para fazer no centro do vilarejo.
A noite seguia cheia de silêncio e escuridão. Era uma calmaria quase palpável, que preenchia o ar. Maria estava sentada diante da lareira, envolta por em uma manta e quase adormecida, enquanto tomava uma xícara de chá. De repente, ela ouviu um som estranho vindo de um andar acima da casa, o que a assustou imediatamente. Optou por agir com cautela e se armou com o gancho da lareira, preparada para enfrentar seu medo.No topo da escada, uma batida ecoava pelo corredor. Ela avistou uma luz amarela, vinda de um dos quartos. O barulho se tornou mais alto. Maria, com uma expressão preocupada, avançou em direção ao quarto. Ao abrir a porta, viu uma sombra que passava por seu campo de visão. Enquanto olhava, alguém tocou seu ombro. Ela se congelou de medo.
Quando se virou, foi atingida covardemente na cabeça com um castiçal e perdeu o equilíbrio. Desorientada pelo baque na cabeça, e com visão turva pelo sangue que escorria pelas têmporas, ela foi tropeçando no escuro, até se aproximar do grande corrimão da escadaria. Maria caiu escada abaixo, bateu a cabeça com força e perdeu a consciência. Ficou imóvel, de bruços, com a cabeça virada para o lado, imersa em uma poça de sangue. Era um cenário de desolação e tristeza. Ela ficou parada e impassível, sem esboçar nenhuma reação. Uma cena digna de um filme de horror, o que mostra que a vida, às vezes, é pior que uma história de ficção. Ela deveria estar preparada para qualquer situação. Inclusive, que um adversário sinistro morava ao seu lado. Um personagem secundário desceu, suavemente,  cada degrau. Moveu-se como uma sombra escura e malévola, com um sorriso irônico e maléfico. Sua respiração transmitia descaso e abandono da reciprocidade, enquanto seu comportamento refletia a ausência de humanidade. É um crime julgar e tirar a vida de outra pessoa pelo próprio benefício. Envenenada por suas emoções, Odete dos Anjos assassinou Maria e arruinou uma obra-prima literária.


Gostou? Não esqueça de compartilhar com os seus amigos!
Beijos da raposa 💋

Comentários

Postagens mais visitadas