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Jornada literária • Sua vida me pertence | Blond Fox

✨ Sua vida me pertence ✨

• Capítulo 2  - A união dos amantes •

7 de setembro de 1901
Na capela de Nossa Senhora do Areal, um santuário com uma deslumbrante vista panorâmica da aldeia, habitada por 623 pessoas de origem medieval, testemunhamos um dia fatídico em família e a união de dois corações. O eclesiástico entrou e sua voz ecoou pelas paredes da capela ao entoar hinos de louvor, que traziam paz e acalmavam as almas, refletindo sobre a vida e as crenças verdadeiras. Esse ritual de celebração era uma expressão de gratidão ao Senhor. O padre anunciou que estavam ali para celebrar a união de Maria e José, dois amantes cujas almas foram abençoadas por Deus e iluminadas pela chama do destino. Maria aceitou José, e José aceitou Maria, prometendo permanecer juntos até que a morte os separasse. Essa linda história é um exemplo emocionante de amor verdadeiro, que prevalece nos corações daqueles que creem. O amor e a confiança são essenciais para o sucesso de um relacionamento, e quando combinados, criam uma conexão profunda e eterna entre duas pessoas.

Do altar, o eclesiástico tinha uma visão ampla de todos os presentes na pequena igreja. Com os olhos voltados para a porta e com rápidas olhadas ao redor, ele proclamou em voz alta, diante de Maria e José: “Se alguém se opõe a essa união, fale agora ou cale-se para sempre.” O silêncio atravessou a igreja enquanto todos olhavam uns aos outros. Em seguida, o Abade continuou a cerimônia, lendo um belo versículo da Bíblia Sagrada: “O amor é paciente, é bondoso, não inveja, não se vangloria, não se orgulha, não maltrata, não busca seus próprios interesses, não se irrita facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo suporta, tudo crê, tudo espera” (1 Coríntios 13:4-7). Ele também citou: “Sejam completamente humildes e dóceis, suportem um ao outro com amor e esforço para manter a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Efésios 4:2-3). E finalizou com as palavras: “O que Deus uniu, ninguém separa” (Marcos 10:9). Um solene “Amém” ecoou pela igreja. Para abençoar os noivos, uma chuva de arroz os saudou nos degraus da casa do Senhor. Essa união, além dos rituais religiosos, é um milagre da existência, que ficou gravado na alma de cada um dos presentes. Nas palavras do Senhor, quando Ele nos deu sua mão, levantou-nos e disse: “Siga tua vida e nunca desista, pois nunca estarás sozinho.” Maria sorria com a beleza interior estampada em seu rosto, e José, sem deixar a desejar, refletia a humildade da vida e todas as palavras de amor e gratidão: ‘’Bendito seja a luz do teu sorriso que espalha amor por onde você for’’ - clamou José.

Em um breve abraço diante de todos de olhos cerrados, o casal desenrolava a cena de como seria a vida a dois, repleta de expectativas e esperanças.

Maria e José, dois corações entrelaçados, compartilhavam uma casinha de cerquinha branca. O interior da casinha era aconchegante e simples. As paredes de madeira desgastada exalavam o aroma suave do pinho. Uma lareira no canto aquecia o ambiente, com uma chaleira sempre pronta para um chá quente. Móveis rústicos, feitos à mão, compunham a sala de estar: uma mesa de jantar com cadeiras desgastadas, um sofá de estofado florido e uma estante repleta de livros antigos. A luz do sol entrava pelas janelas pequenas e criava padrões dourados no chão de tábuas. Nas paredes, havia quadros de paisagens bucólicas e retratos de familiares. Era um refúgio simples, mas cheio de amor e memórias. Enquanto as roupas alvejadas pendiam no varal. As crianças brincavam no balanço no galho mais alto da cerejeira, uma manhã ensolarada, com uma leve brisa do inverno europeu e com folhas alaranjadas que cobriam a grama como um tapete para completar a cena.


Beijos 😘

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